Um quase acidente nuclear no Novo México em 1957
Em maio de 1957, um bombardeiro americano deixou cair uma bomba “Mark 17” de hidrogênio de 10 megatons em Albuquerque, Novo México.
Replica da bomba “Mark 17”, que foi lançada sobre Albuquerque.
A Mark 17 tem um poder destrutivo de aproximadamente 10 megatons. Para efeitos de comparação, a bomba lançada sobre Hiroshima era considerada relativamente pequena, com 16 kilotons.
Para se ter ideia 10 megatons = 10.000 kilotons, o que significa que seriam necessários cerca de 625 bombas de Hiroshima para fazer apenas uma Mark 17.
Então por que o Novo México não foi varrido do mapa em uma explosão atômica maciça em 1957?
Segundo a investigação da Field Command, uma divisão especial das Forças Armadas, que realizaram a operação de recuperação e limpeza no local logo após o evento. O que eles descobriram foi uma cratera de 12 pés de profundidade, felizmente em terras desabitadas de propriedade da Universidade do Novo México.
Somente os explosivos convencionais da bomba (aqueles necessários, para iniciar a reação em cadeia nuclear) foram ativados pela queda, mas foram insuficientes para provocar a explosão, e de acordo com os especialistas, nenhuma radioatividade foi detectada além do lábio da cratera.
A segunda pergunta é, por que a bomba foi lançada sobre Albuquerque? Relatórios variam, mas as investigações sobre o incidente confirmaram que o lançamento foi acidental.
O procedimento padrão para esses voos, quando necessário é removido o pino de travamento para permitir o alinhamento de emergência de armas, se necessário durante a decolagem e a aterrissagem.
Enquanto um membro da tripulação estava removendo este pino de bloqueio, ou ele perdeu o equilíbrio, ou o seu cabo de segurança interferiram com o mecanismo de liberação.
Isso fez com que a bomba gigante caísse rapidamente no deserto abaixo, rasgando um buraco através das portas do compartimento de liberação no processo.